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Vela Ligeira do CNH: Mariana Rosa e Maísa Silva falam da sua participação na 1ª Prova do “Troféu Duarte Bello”, que decorreu em Almada

vela lig maisa silva mariana rosa 2017
Maísa Silva e Mariana Rosa: as melhores velejadoras do Ranking Regional Feminino, consideram que a competição realizada em Almada funcionou como “um excelente estágio” para os Jogos das Ilhas Martinica 2017


As melhores velejadoras do Faial e dos Açores aproveitaram a prova de Almada como um estágio, o que também lhes permitiu trabalhar em equipa e, simultaneamente, conhecer melhor os restantes parceiros açorianos, com os quais vão defender os Açores nos Jogos das Ilhas, que decorrem de 9 a 14 deste mês, na Martinica.


1.Jovens velejadoras do Clube Naval da Horta: como se sentem perante os resultados alcançados na 1ª Prova do “Troféu Duarte Bello”, que decorreu nos dias 29 e 30 de Abril último, em Almada?
Mariana Rosa: Bem, depois de um primeiro dia de regatas que foi menos bom. No segundo dia, o vento subiu e consegui ficar no 3º lugar Feminino, o que me deixou bastante satisfeita.
Maísa Silva: Bem, porque foram melhores do que eu esperava, pois tinha muito medo de ficar na última posição. Como todos os velejadores eram de fora, tinha perfeita noção de que ia ser bastante difícil. Já tinha estado em regatas no Porto este ano e, portanto, sabia que andam bem. Nessas provas fiquei em 56º e em 73º lugares.

2. O que correu muito bem e menos bem?
Mariana Rosa (sorri): Foi excelente poder estar com alguns amigos e fazer novos amigos, a viagem em si e as brincadeiras em terra foram muito boas. Foi igualmente bom perceber que, com mais alguma experiência e esforço, consigo obter bons resultados, incluindo um 1º Feminino, que alcancei na última regata. O que correu menos bem foi a primeira regata e algumas largadas, mas faz parte, por isso posso dizer que tudo correu bem.
Maísa Silva: Gostei muito de fazer novos amigos, das brincadeiras em terra, a viagem foi muito fixe, assim como ficar na Caparica e estar em equipa. Gostei da experiência de fazer regatas num sítio diferente com velejadores diferentes, e todos foram muito simpáticos connosco.
O que correu menos bem foram as largadas, as rondagens, a corrente, os percursos, a última bolina, pronto, é tudo diferente e mais difícil,  mas já estou a melhorar.

3. Se fosse hoje, o que faziam de diferente?
Mariana Rosa: Esforçava-me mais para conseguir largar na primeira fila, pois os resultados são muito melhores quando consigo fazer isso.
Maísa Silva: Tinha procurado saber mais sobre a linha de largada,  a corrente,  as bóias e sobre o percurso que, afinal, era bem difícil de perceber. Mas só compreendi isso depois de começar.

4. Vocês sentiam-se bem preparadas?
Mariana Rosa: Eu acho que sim, pois esforcei-me bastante nos treinos anteriores.
Maísa Silva: Nem por isso,  tinha algum medo de velejar com corrente, o que não é muito fácil; de não conhecer outros velejadores do Campeonato e de serem melhores, e das largadas com muita gente.

5. Competir no Faial é muito diferente de competir no Continente?
Mariana Rosa: A diferença é que nos Açores temos menos pessoas. Se tivéssemos 100 velejadores com o nível dos do Continente, era a mesma coisa; mas temos menos e poucos com nível para chegar lá fora e fazer boas regatas. A prova disso é que há 2 anos o Campeonato Nacional foi no Faial e tivemos os 120 melhores de Portugal.
Maísa Silva: Sim, um pouco, no Continente tem muito mais gente em prova do que aqui, e no Faial temos muita ondulação e menos corrente.

6.Em que sentiram mais dificuldade?
Mariana Rosa: As largadas são muito difíceis. É difícil reconhecer o lado favorável do campo de regatas, porque tudo está mais cheio, assim como a linha, as rondagens e encontrar um espaço para poder fazer a minha regata.
Maísa Silva: A linha de largada, conseguir largar da primeira fila; os percursos no Continente são diferentes, maiores e com mais bóias, e tudo isso aumenta o grau de dificuldade.

7. Estas provas são importantes para poderem aprender e evoluir?
Mariana Rosa: São, sempre que fiz campeonatos nos Açores ou lá fora, senti que melhorei imenso e treinava sempre melhor depois. Conhecemos outros campos de regata com formas muito diferentes de andar.
Maísa Silva: Sim, comecei há um ano a fazer regatas, concretamente na Prova do 25 de Abril,  em São Roque do Pico. Desde lá até agora, já fui Campeã Regional por equipas e 2ª da geral em Infantis, e fiquei em 3º lugar Feminino no Campeonato Nacional de Infantis,  em Setúbal. Este ano fiz também as primeiras provas do Regional e fiquei em 2º lugar Feminino. Sempre que fazemos provas importantes aprendemos imenso e, consequentemente, também melhoramos imenso.

vela lig mariana rosa 2017

“Dá o melhor ou vai para casa”

8. Também dá para fazer amigos ou vocês só pensam no lado competitivo?
Mariana Rosa: Claro que fazemos amigos! Já tenho bons amigos, os quais não irei esquecer, e não só nos Açores, mas também no Continente e no estrangeiro. Em terra somos amigos e no mar adversários. Sabendo isso, fazemos boas amizades.
Maísa Silva: Também fazemos amigos e isso ajuda a descontrair um bocadinho, pois o lado competitivo só me traz nervos.

9. O Treinador é muito exigente?
Mariana Rosa: É exigente. Por um lado pode ser exigente a mais mas, por outro, se não fosse assim, podíamos estar nos treinos a brincar em vez de melhorarmos.
Maísa Silva: Sim, é muito exigente, quer sempre que nós demos o nosso melhor. Está sempre a exigir e a dizer que, ou damos o nosso melhor ou não vale a pena estar ali. A máxima do Treinador (Duarte Araújo) é: “Dá o máximo ou vai para casa”.

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Maísa Silva, a número 2 do Ranking Regional Feminino: na Martinica vamos trabalhar em conjunto, contando com o apoio uns dos outros nos momentos de maior stress”

10.O que esperam dos Jogos das Ilhas Martinica 2017 (de 9 a 14 do corrente)? Vão com espírito de equipa?
Mariana Rosa: Espero reencontrar-me com uma amiga italiana e fazer novos amigos. Vou fazer regatas num sítio diferente e tentar obter o melhor resultado possível.
Quanto ao espírito de equipa, está presente. Já nos conhecemos há algum tempo e o estágio (1ª Prova do “Troféu Duarte Bello”, em Almada) serviu para fazermos tudo em equipa e funcionou bem.
Maísa Silva: Quero fazer amigos novos, conhecer uma ilha diferente, ganhar mais experiência, aprender com velejadores de outros países e dar o meu melhor nas regatas, alcançando a melhor posição possível.
Tenho presente esse espírito de equipa, porque agora na Martinica vamos trabalhar em conjunto, contando com o apoio uns dos outros nos momentos de maior stress.

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