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Reunião da Comissão Consultiva do Património Baleeiro, no Pico



A Comissão Consultiva do Património Baleeiro reuniu, no passado dia 20, no Museu da Baleia nas Lages do Pico, com a participação do Director Regional da Cultura, Arq. Nuno Lopes. Presidiu aos trabalhos, o Director do Museu do Pico, Dr. Manuel Costa, que, por determinação legal e por inerência, é o Presidente da Comissão.

Depois de um ano sem actividade, esta Comissão retomou os seus trabalhos para emitir parecer sobre a distribuição a fazer, no presente ano, das verbas existentes no Plano Regional para apoio ao Património Baleeiro.

O Clube Naval da Horta e todas as entidades do Faial que detêm Património Baleeiro participaram activamente na reunião, a par de todas as entidades das outras ilhas.



A principal conclusão sobre a distribuição das verbas prende-se com a retoma do apoio para manutenção anual de todos os botes e lanchas classificadas, sendo que o valor a atribuir a cada bote será de 400 euros e a cada lancha de 2000 euros. Foram ainda atribuídas verbas a candidaturas que visam grandes reparações de botes e lanchas, tendo cabido ao bote “Claudina” do CNH e à lancha “Maria Manuela” do Dr. João de Brito e que colabora com a Secção de Botes Baleeiros do Faial, comparticipações parciais do valor dos respectivos trabalhos.

Foi ainda discutido nesta reunião a situação resultante do facto de um detentor de património baleeiro de Vila Franca do Campo ter registado, unilateralmente e sem nenhum debate prévio, uma associação de classe do bote baleeiro açoriano a qual seria ligada à Federação Portuguesa de Vela.

O debate realizado sobre esta matéria demostrou que a generalidade das entidades detentoras de património baleeiro discorda, quer da forma como o promotor da formação dessa associação conduziu o processo, quer do fundo da questão, pois não estamos na presença de uma classe de vela ligeira, mas sim de património classificado que é utilizado em actividades desportivas, pelo que, por determinação legal e opção cultural, as ligações devem ser feitas com as entidades que tutelam o Património e não com o movimento federativo do Desporto. O Presidente do Clube Naval da Horta, falando várias vezes em nome da Secção de Botes Baleeiros do Faial, discordou frontalmente da forma como este processo foi conduzido pelo seu promotor e defendeu que se os detentores de património baleeiro entenderem, depois da indispensável discussão prévia, criar uma entidade associativa, ela deverá ter como objectivos centrais defender e divulgar o património baleeiro, regular a utilização desportiva que dele é feita e representar os detentores dessas embarcações classificadas junto da SREC e da DRAC.

O Director Regional da Cultura sugeriu que o processo de criação da associação de classe fosse interrompido e que todos os detentores de património baleeiro reflectissem sobre a possibilidade de formação de uma associação de defesa do património e de regulação da actividade desportiva. O promotor da associação de classe, Dr. Cravinho, mostrou-se disponível para interromper o processo que iniciou.