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Membros da direcção do CNH para 2015-2016 explicam por que aceitaram este desafio - Luís Alves - Vogal

Luís Alves - Vogal

Funções: Botes Baleeiros (Representação do CNH na Comissão do Património Baleeiro, integração na Secção de Botes Baleeiros do Faial, criação de um Grupo de Trabalho do CNH de apoio aos Botes Baleeiros).

Luis Alves por cristina silveira 2015
Luís Alves começou por praticar Vela Ligeira nos tempos da Mocidade Portuguesa, depois passou para os Botes Baleeiros e agora é Oficial e pertence à Direcção do CNH

 

- Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Por que razão aceitou o convite para fazer parte desta Direcção?
Luís Alves: Aceitei fazer parte desta Direcção pela ligação que tenho ao Clube Naval da Horta (CNH), por me dar bem com o Presidente e pelo facto de ter alguma disponibilidade. Desde há 2 anos que sou o Oficial de um bote do Clube Naval da Horta (o “Maria da Conceição”) e, no mandato anterior, por diversas vezes o Sr. Presidente me pediu colaboração nas viagens ao Pico, onde íamos participar em Regatas de Botes Baleeiros. Gosto muito desta Secção.
Comecei por praticar Vela Ligeira nos barcos da Mocidade Portuguesa. Portanto, as minhas bases vêm do Snipe e do Lusito, mas depois interrompi e quando regresso ao CNH é já nos Botes Baleeiros.
Desde pequeno que ando ligado a isto, numa altura em que ainda não havia Cais nem Marina.   
Comecei nos Botes na freguesia do Capelo e depois fui convidado para ser Oficial de um bote do CNH. Primeiro foi no “Claudina”, mas como gostava mais do “Maria da Conceição” lá consegui trocar com a D. Susana Salema, e há mais de 2 anos que sou o Oficial deste bote, que se encontra em trabalhos de reparação no Pico, depois do “Claudina”. O Clube fica agora com a sua frota arranjada e faço conta de esta ser uma boa época. É nos Botes que me realizo e gosto muitíssimo do convívio que se gera em terra, onde se destaca a “Barraca do 70”, que pertence ao Mário Carlos, que anda no mesmo Bote que eu (e também pratica Mini-Veleiros na Secção do CNH). Toda a gente tem de “marcar o ponto” lá. Arranjamos uns petiscos e a malta convive sempre depois dos treinos. Naturalmente que os treinos são a base de tudo e é preciso que estejamos todos motivados para dar o nosso melhor, pois a Vela é trabalhosa.
Isto tudo para dizer que me identifico com o projecto do Clube e por isso aceitei dar o meu contributo neste elenco directivo.


- Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Já fez parte de outras direcções?
Luís Alves: No Clube Naval da Horta, não.

- Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Conhece bem o CNH. Acha importante a actividade que esta instituição desenvolve?
Luís Alves: Conheço o Clube Naval da Horta e, na minha opinião, é uma instituição muito importante para o Faial, dentro e fora da ilha. Acho que está a trabalhar bem. A Horta é uma cidade virada para o mar; como tal, temos de tirar bom partido disso.

 - Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Acha que a actividade do Clube é conhecida dos faialenses? O que se poderia fazer mais nesse sentido?
Luís Alves: Sim, bastante conhecida. O expoente máximo é o Festival Náutico da Semana do Mar, em que toda a gente gosta de parar na Avenida e ver as velas enfunadas no Canal. Algumas pessoas ainda têm a ideia de que o Clube é só virado para o mar, mas naturalmente que estamos a falar de quem não anda por aqui, nem conhece esta dinâmica, que é vastíssima. Para muitas pessoas seria uma boa experiência se aproximarem mais do Clube, como sócias ou voluntárias, para perceberem o trabalho que isto dá. Só quem está ou já esteve por dentro desta orgânica, é que tem uma noção real do movimento desta casa. Um bom exemplo é o Campeonato Nacional de Optimist, que se realiza de 24 a 28 deste mês e que está a ser organizado pelo CNH.
Penso que é complicado fazer mais em termos de divulgação. A Página do Clube é uma boa fonte de informação e divulgação e hoje em dia toda a gente usa a internet. Portanto, só não está informado quem não quer. É verdade que há muita diversidade de actividades na ilha, mas quem está interessado naquilo que o Clube Naval da Horta faz e promove, já sabe o caminho.
Se pensarmos na abrangência das modalidades que o CNH proporciona, torna-se difícil as crianças do campo terem acesso. Noto isso através de conversas que tive com pessoas que me disseram que gostavam que os filhos fossem praticantes, o que se torna complicado ou mesmo inviabilizado devido à distância. Contudo, há programas que têm possibilitado o contacto das crianças de toda a ilha com as áreas de formação do Clube, o que vem minorar esse aspecto.

- Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Quais as suas expectativas para este mandato?
Luís Alves: Espero que corra bem, sem complicações. Esta Direcção tem gente nova, o que é muito bom, permitindo-lhes ir entrando no espírito do CNH. Alguns são antigos praticantes de Vela, com ligação ao Clube, que funciona como uma família, onde toda a gente se dá bem.
Quanto à Secção dos Botes, era bom que a nossa época fosse ainda melhor do que a anterior. Seria muito gratificante que aparecesse mais gente nova para fazer Vela em Bote e podermos organizar equipas de Remo, o que exige persistência em relação aos treinos e os resultados não aparecem à primeira. Mas sem trabalho não se chega lá. E depois quando há competições entre Faial e Pico, nota-se que os de lá estão mais virados para o Remo e por isso têm boas classificações, ao passo que nós somos superiores na Vela. Os resultados mostram isto mesmo.
O CNH já teve equipas de Remo, mas nunca foi o nosso forte. Temos uma equipa feminina, mas com as mudanças que se operam na vida de cada um (casamento, filhos, mais responsabilidades, etc), torna-se complicado ser cumpridor nos treinos, a base de qualquer modalidade. É preciso estarmos conscientes de que revitalizar o Remo é sinónimo de fazer sacrifícios: treinar pelo menos 2 vezes por semana e ter disponibilidade, pois a partir de Maio, todos os fins-de-semana serão preenchidos com actividades, que implicam provas no Pico e não só. De realçar que este ano vamos receber o Campeonato Internacional de Botes Baleeiros. Temos de estar preparados, mas para isso ou cumprimos o plano de treinos e trabalhamos ou nada feito.  

- Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Considera importante a componente do voluntariado?
Luís Alves: É muito importante. E mediante as reuniões da Direcção em que tenho participado, estou a aperceber-me verdadeiramente disso, porque a minha maior ligação era à Secção dos Botes. Há muita gente envolvida no voluntariado e todos são poucos para aquilo que é o volume de actividades – e de grande dimensão – do CNH. Defendo que se cada um der um bocadinho do seu tempo, não custa nada, mas se por sistema forem sempre os mesmos, quando saem já não voltam mais.
O Clube Naval da Horta teve sempre uma grande tradição em termos de voluntariado, e a verdade é que se encontra facilmente gente para colaborar. Isto também gera um convívio engraçado, aspecto que não se vai perder, porque há rapaziada envolvida. Quando estou com os mais novos, gosto de recordar coisas antigas e digo sempre que quando a Semana do Mar começou, há 40 anos, as bifanas eram de carne de baleia com a particularidade de serem oferecidas, assim como o cup. Era uma realidade diferente, com menos gente, mas igualmente com muito empenho e brio.