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Canoagem do CNH - Prova do Dia do Trabalhador e Torneio do Dia da Marinha

canoagem torneio dia marinha 2017
O CNH associa-se sempre, com muito gosto, às celebrações do Dia da Marinha

O Treinador de Competição da Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), Hugo Parra, sente-se “muito orgulhoso” pelo desempenho dos canoístas nas competições deste sábado, dia 20, e que foram a Prova do Dia do Trabalhador (que tinha sido adiada devido ao mau tempo) e o Torneio do Dia da Marinha.

Na linha de partida encontravam-se 11 atletas que tiveram “uma excelente prestação atendendo às difíceis condições de vento e mar e aos poucos treinos realizados”. “As provas puxaram por eles, tendo constituído um desafio, pelo que estou bastante contente”, afirma o Treinador, que reclama por bom tempo, pois “sem treinos não se alcançam objetivos”.

Recorde-se que o Torneio da Marinha integrou as comemorações do Dia da Marinha, a que o Clube Naval da Horta se associa, ano após ano.

A rematar, houve um Lanche/Convívio, pelas 13h00, no Pavilhão Náutico do Clube, com Entrega de Prémios, em que esteve presente o Presidente do CNH, José Decq Mota, bem como o Capitão do Porto da Horta, Rafael Silva, Capitão de Fragata.

José Decq Mota referiu o gosto do Clube Naval da Horta em associar-se às comemorações do Dia da Marinha com a realização de provas desportivas, realçando “a importância objetiva que este ramo das Forças Armadas tem no país e nos Açores, arquipélago que, devido ao seu isolamento, conta sempre com os meios e a eficiência da Marinha em alturas difíceis”.

O mais alto Dirigente desta instituição náutica enfatizou “a boa relação quotidiana que existe com a Autoridade Marítima” justificando, assim, “a preocupação sempre patente em assinalar o Dia da Marinha com iniciativas diversas”.

O facto de o dia ter estado mais agreste fez com que essa expressão desportiva tenha sido um pouco menor do que num dia climatericamente ideal. Contudo, houve, tal como previsto, atividades náuticas desenvolvidas com este propósito.

Por seu turno, o Capitão do Porto da Horta enalteceu estas iniciativas num país de mar, em que “é de salientar não só a vertente competitiva mas, também, a prática desportiva”. Rafael Silva acentuou o assinalar de 700 anos sobre a data em que houve o primeiro decreto régio atestando a existência da força naval de forma permanente.

A propósito destes 7 séculos da Marinha, aqui fica um excerto respigado da Revista da Armada, edição de abril de 2017, página 22:

Comemoração dos 700 Anos do Diploma Régio em que D. Dinis outorgou o Título de Almirante a Manuel Pessanha

“Sob a presidência do Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante António Silva Ribeiro, teve lugar a 1 de fevereiro, no auditório do Arquivo Nacional Torre do Tombo, uma sessão cultural comemorativa dos “700 anos do diploma régio em que D. Dinis outorgou o título de Almirante a Manuel Pessanha”.

Tratou-se de uma sessão conjunta em que, além da Academia de Marinha participaram a Academia Portuguesa da História, a Academia das Ciências de Lisboa e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, numa manifestação clara de solidariedade académica.

Após agradecer a presença do Almirante CEMA e AMN, o Presidente da Academia de Marinha saudou a Professora Manuela Mendonça – a qual tinha considerado a sessão como pertencendo ao calendário e programação da Academia Portuguesa da História, a que preside –, o Professor Artur Anselmo, Presidente da Academia das Ciências de Lisboa – pela sua pronta adesão a este projeto – e o Dr. Silvestre Lacerda por ter acolhido o evento nas magníficas instalações de que é Diretor.

Nas suas palavras lembrou que “Portugal não ia ter mais um Almirante, mas sim um Comandante das forças navais, conhecedor das coisas do mar, um perito na organização da flotilha, em estratégia da guerra por mar, que daria corpo ao ofício do Almirantado, para o qual recebeu meios e poder jurisdicional sobre as questões do mar”.

A Professora Manuela Mendonça na sua intervenção referiu que no Oficio do Almirantado, o almirante “tornou-se uma dignidade, uma verdadeira instituição transmissível por via hereditária e dotada de poder jurisdicional sobre a gente de mar. Era, pois, um título bem diverso do ‘Almirante de direito e costume’ que existira no passado, que o mesmo é dizer, aquele que terá correspondido ao cargo assumido por Nuno Fernandes Cogominho”.

O Professor Artur Anselmo lembrou a obra Almirantado e portos de Quatrocentos, de Vitorino Nemésio, tendo referindo tratar-se de “um texto de invulgar penetração crítica, em que Nemésio, apoiado em documentação pertinente, analisa o âmbito da jurisdição do Almirante e os cuidados da casa Real em não permitir que essa jurisdição se estendesse ao pessoal de terra”.

Por último, o Dr. Silvestre Lacerda salientou a importância do Arquivo Nacional, local escolhido, onde se conservam e guardam as mais relevantes peças da nossa História, designadamente o Contrato de Vassalagem em comemoração. Para a intervenção principal foi convidado o Professor Filipe Themudo Barata, reconhecido medievalista português, com a comunicação “Manuel Pessanha e um outro olhar sobre o mar. A construção de novas linhas da política externa de Portugal”. O orador salientou a importância da assinatura do contrato, celebrado a 1 de fevereiro de 1317, entre D. Dinis e o genovês Manuel Pessanha.

A primeira pergunta que nos pode surgir – disse – é a de saber porque o fazemos e se tem sentido essa celebração. “Julgo que estaremos de acordo que, mesmo que de forma difusa, a perceção geral é que estamos a assinalar, na História de Portugal, o momento em que se definiu uma política externa que passou a ter no mar, de forma assumida, um dos seus pilares fundamentais.

Muitos até perguntam se não é justo considerar este 1 de fevereiro como o dia da Marinha portuguesa, pois teria sido com este contrato que nasceu o Almirantado português e, com ele, a Marinha ganhou definitivamente uma organização consistente. O Almirante CEMA e AMN encerrou a sessão comemorativa, tendo salientado que o contrato fixado pelo diploma régio evocado determinou de forma permanente a Armada portuguesa, sendo o documento decisivo para o almirante Manuel Pessanha liderar o processo que tornou o país numa potência naval relevante.

A terminar a sua alocução, o Almirante Silva Ribeiro disse que “fruto da visão esclarecida de D. Dinis e da ação competente do almirante Manuel Pessanha, numa primeira fase, até 1415, a Armada adquiriu capacidade para fazer face às ameaças vindas por mar. Depois de Ceuta, revelou aptidão para se fazer além-mar” e que “em linha com as tradições que herdámos do notável monarca e do grande almirante, ontem e hoje, a Armada permanece como elemento essencial da segurança e do desenvolvimento de Portugal”.

Seguiu-se o lançamento do Inteiro Postal pelos CTT com a aposição do carimbo do primeiro dia. Antes do Momento Musical do Cancioneiro de D. Dinis, executado por elementos da Banda da Armada, os participantes puderam apreciar o exemplar original do Diploma Régio em questão e de outros documentos afins pertencentes ao acervo da Torre do Tombo”.

Fonte: http://www.marinha.pt/Conteudos_Externos/RevistaArmada/PDF/RA_517.pdf

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