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Férias Desportivas do CNH 2019: “The Best’s”, “As Marés” e “Os Piratas” no pódio da Regata das Jangadas

Chegou ao fim mais uma edição das Férias Desportivas do Clube Naval da Horta (CNH). Este ano, o projecto contou com uma centena de crianças e adolescentes que aprenderam, conviveram e se divertiram nas mais diversas áreas e modalidades.

Este programa, que vem sendo realizado há décadas, em 2019 decorreu de 01 a 26 de Julho e teve como Coordenador, Tiago Henriques.

Um dos pontos altos das Férias Desportivas é a construção de jangadas, iniciativa em que o CNH conta com a parceria do Observatório do Mar dos Açores (OMA) como nos explica Joana Cruz.

Foram construídas 10 jangadas, usando materiais recicláveis, precisamente com o intuito de sensibilizar para esta necessidade.

Este dia de quinta-feira – 25 – culminou com a realização da Regata das Jangadas, tendo os pais sido convidados pelo Clube Naval da Horta para torcerem pelos filhos. E foram muitos os que se encontravam na rampa e imediações, fotografando, incentivando e até colaborando na parte de desmanchar as jangadas, atendendo a que estavam bem seguras.

Joana Cruz: “Eles trouxeram os garrafões, os sacos de ração, os cabos e deram toda a mão-de-obra”

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“Para mim, os erres mais importantes são estes: recusar e reutilizar”

“Este é já o 4º ano em que colaboramos na construção das jangadas nas Férias Desportivas do Clube Naval da Horta. Antigamente, o OMA em parceria com o CNH e a Associaçao de Pescadores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA),organizava a Travessia do Canal em Jangada, o que se revelou difícil de concretizar nos últimos anos. Por isso, começámos a organizar com os pequeninos e tem sido muito giro! Eles participam em todo o processo, desde a recolha do material, à construção da jangadas, terminando com a realização da regata.

Eles compreendem a importância da reutilizar não só por esta actividade mas, também, através de muitas outras, pois o OMA realiza várias com estas crianças tanto em contexto escolar como de férias no próprio Clube Naval da Horta e com a equipa de Vela. Eu acho que as crianças e os jovens dos Açores estão cada vez mais conscientes deste problema. Esta é só mais uma maneira de eles realmente perceberem que aquilo que deitamos fora pode servir para jogos e coisas divertidas. O que fazemos é estimulá-los para que sozinhos se tornem cada vez mais autónomos nesta coisa de recusar e reutilizar.

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As jangadas deste ano tinham uma estrutura que se assemelhava a um bote baleeiro

Para mim, os erres mais importantes são estes: recusar e reutilizar. É importante recusar uma palhinha, recusar uma festa com balões, etc. Cada vez mais é importante dizermos que não queremos aquele produto, porque no fundo temos muito poder de decisão e podemos influenciar muita coisa, principalmente as crianças, que vão mudar o mundo. Já não somos nós! Nós podemos dar-lhes as ferramentas para eles mudarem o mundo e é isso que tentamos fazer no OMA. Dar-lhes o conhecimento do oceano e as ferramentas para que, mais tarde, possam ser eles a proteger as nossas maravilhosas ilhas e o nosso mar.

Em relação às jangadas, a base é igual para todas, o que não costuma acontecer. Isso foi assim, porque o OMA trabalhou com todos os ATL’s da ilha e estas bases, em cana de bambu, foram construídas para um evento já realizado. E decidimos aproveitá-las pelo facto de a estrutura se assemelhar a um bote baleeiro, puxando também nós um bocadinho pela tradição histórica. Eles trouxeram os garrafões, os sacos de ração, os cabos e deram toda a mão-de-obra.

O facto de as jangadas serem todas feitas com os mesmos materiais evitou aquelas guerrinhas de “tu tinhas materiais melhores do que eu, porque o teu pai guardou mais coisas”. Assim, estão todas iguais.

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Foram 10 as jangadas em prova

Este ano também temos uma novidade, pois o vencedor não é aquele que chegar primeiro mas, sim, o que depois de chegar a terra, desmanchar a jangada e colocar todos os materiais nas sacas de ração para depositar no contentor certo. Só ganham quando todo o “lixo” tiver voltado ao seu ciclo de reciclagem. Isto tem como objectivo eles fazerem uma actividade até ao fim: começam, brincam e arrumam. É, também, uma boa aprendizagem para a vida, no sentido de perceberem que o processo tem um todo.

Pais convidados a assistir

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“Convidámos os pais e os familiares para este ser, também, um evento familiar”

Este ano não há ajudas, portanto eles é que vão ter que dar aos pezinhos, sendo o seu próprio motor de propulsão. Convidámos os pais e os familiares para este ser, também, um evento familiar, que já vai tendo importância a nível local, sendo conhecido de muita gente.

Os pais envolvem-se muito e no convite formulado pelo CNH para assistirem à Regata das Jangadas, também foi dito que se tivessem tempo e quisessem participar nos trabalhos de construção, que decorreram na Fábrica da Baleia, eram muito bem-vindos! E houve pais que foram aparecendo e ajudaram a fazer os nós e a construir as jangadas, porque é sempre bom termos actividades de pais e filhos. É importante conseguir envolver a família, sobretudo nesta altura em que, por ser Verão, os pais estão com muito trabalho e as crianças estão disponíveis”.  

“As Férias Desportivas do CNH são uma iniciativa importante para vocês, para nós e para esta Terra”

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Terminada a Regata e arrumado todo o material, decorreu uma pequena cerimónia destinada à Entrega dos Prémios. Todos os participantes receberam Certificados, tendo as equipas vencedoras sido distinguidas com Medalhas e Prémios.

Depois de Joana Cruz, do OMA, ter manifestado a sua satisfação pela presença de todos, enfatizando a colaboração dos Monitores na concretização desta actividade, José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, agradeceu a todos os que deram vida às Férias Desportivas do CNH em 2019. Este Dirigente congratulou-se com a resposta massiva dos pais ao convite formulado pelo Clube Naval para que participassem neste momento “empolgante e importante para os mais pequenos”, lembrando o churrasco de encerramento (no dia seguinte), no Parque do Cabouco, como habitualmente, e o “famoso casamento”. “Há muita gente empenhada em que vocês se divirtam”, realçou José Decq Mota, dirigindo-se à pequenada.

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Os Prémios são da autoria do jovem artista, Pedro Escobar

Mesmo avisando que não se tratava de um balanço, o Presidente da Direcção do CNH disse que, no seu entender, “as Férias Desportivas correram bem”. “Quando passava junto à Tenda Multiusos, por vezes vi umas zangas mas também vi muitos empenhados em fazer as tarefas e as iniciativas programadas. Observei os vossos Monitores e Coordenador a trabalharem muito bem connvosco e acho que todos temos razões para estarmos satisfeitos pela forma como este projecto decorreu”. E lembrou: “Aqueles que estão dentro do padrão da idade, esperamo-los cá para o ano e outros virão também, certamente. As Férias Desportivas do CNH são uma iniciativa importante para vocês, para nós e para esta Terra”.

O mais alto Responsável pelos destinos desta instituição náutica faialense, dirigiu um agradecimento “muito especial” à equipa do OMA, “pela colaboração, empenho e criatividade”.

E o pódio da Regata das Jangadas ficou assim preenchido:

3º lugar: Os Piratas

2º lugar: As Marés

1º lugar “The Best’s” 

Maria Rita Rodrigues: “Gosto muito de decorar e de organizar coisas e o casamento envolve tudo isso” 

O casamento de um casal de Monitores, no dia do encerramento deste programa, é sempre aguardado com grande expectiva, envolvendo uma demorada organização, como percebeu o Gabinete de Imprensa do CNH, na conversa mantida com a líder desta iniciativa: Maria Rita Rodrigues.

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“Tendo em conta que este é o último ano da Isabel e que para o ano o Tomás vai para a faculdade,  decidimos juntá-los e eles aceitaram”

“Sou uma das organizadoras do casamento deste ano, em conjunto com a “Mimi” (Maria Margarida), a Maria Inês Fontes, a Maria Guerreiro, a Maria Castro e depois há várias pessoas que têm diferentes tarefas como maquilhar a noiva, trazer o fato do noivo, etc.

Gosto muito de decorar e de organizar coisas e o casamento envolve tudo isso. Este ano, por falta de tempo, não fizemos a roupa dos noivos, como já aconteceu anteriormente. No ano em que a Maria Vieira casou com o Clésio fiz a roupa, que era um vestido às riscas. Com a falta de tempo deste ano, optámos por juntar uma saia com uma camisa e ficou um vestido bastante giro.

Quando temos ajudas, até que não dá muito trabalho fazer isto mas às vezes estamos a organizar com umas pessoas e quando está quase no fim elas deixam tudo para cima de nós; aí é que é mais difícil. Mas este ano está tudo a correr bem.

Em cada edição das Férias, nós, os participantes, é que escolhemos os noivos. Tendo em conta que este é o último ano da Isabel [Carvão] e que para o ano o Tomás [Oliveira] vai para a faculdade, decidimos juntá-los e eles aceitaram. Ainda hoje [quinta-feira, dia 25] o Tomás pediu a Isabel em casamento. A ideia foi nossa, claro!

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A equipa envolvida na preparação do casamento

A Maria Castro e o Rodrigo Decq Mota Costa queriam fazer de padres – também já foram em anos anteriores – e então para ser justo vão ser os dois este ano. E eles até já têm discurso. Nós também fizemos as alianças. Neste caso, eu é que tenho as alianças em minha casa numa caixinha por isso eu é que vou trazê-las amanhã [sexta, dia 26] mas na cerimónia é a Teresa Fontes que vai levá-las.

Pensámos fazer os anéis mas devido à falta de tempo, usámos uns de aço e colámos uns brilhantes e ficou fixe!

Depois das Férias Desportivas claro que eles podem divorciar-se.

Para mim, as Férias foram fixes. Já venho desde os meus 6 anos e tenho 10.

Gosto sempre de vir, porque é um programa muito bom e além disso tem o casamento e eu participo sempre para ajudar a organizar e a decorar e isso é divertido. Mas também venho, porque vamos para o mar fazer Vela, andar de semi-rígido e uma das coisas de que eu mais gosto é ir à praia deserta. Este ano eu ia para São Jorge no dia dessa actividade mas pedi aos meus pais, aliás, eu implorei para não ir nessa viagem, porque eu queria ir à praia deserta, tinha de ser, e lá eles perceberam e não fomos a São Jorge.

Gostamos dos Monitores, que fazem o seu trabalho, é o dever deles. Houve uns dias que o Tiago saiu, porque tinha viagens para fazer na Natação e então os Monitores ficaram a trabalhar e às vezes pediam ajuda a colegas seus. Acho que eles se portaram muito bem e nós às vezes também. Houve uns que saíram da casca, digamos assim”.

Mais momentos da preparação da Regata das Jangadas e da realização da mesma, podem ser vistos na Galeria de Fotos.

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