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Atlantis Cup 2014 – Jantar de Entrega de Prémios transformou-se numa festa “Marina de Cascais – Giullieta” (ORC A) e “Celtic Dream” (ORC B) foram os vencedores
Participaram 20 tripulações de 3 continentes. Dos 6 prémios, 3 ficaram no Faial. A festa à volta da mesa decorreu na noite desta terça-feira, dia 5, no Fayal Resort Hotel.
Uma Regata que simboliza a Autonomia e une os Açores
“Muita competição, muito convívio e bastante amizade”, foram os aspectos da Atlantis Cup 2014 - Regata da Autonomia” destacados por José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), Entidade Organizadora deste evento, que assinalou a sua 26ª edição este ano.
Este Dirigente congratulou-se com o facto de haver tripulações dos Açores, Madeira, Continente português, Oriente e EUA, salientando que o Clube Naval da Horta cumpriu o desígnio traçado de atrair para este competição à Vela barcos da frota regional e de outras origens.
“Sendo esta uma história oscilante, conseguimos atingir uma linha evolutiva que foi sempre no sentido de atrair mais gente, colocando esta Regata no interesse e calendário de quem preza a competição e naturalmente que isso nos orgulha”, frisou.
José Decq Mota: “O essencial desta Regata são os velejadores, os barcos e a competição”
José Decq Mota realçou o significado do nome desta competição, “sendo seu objectivo desenvolver-se dentro da unidade da Região Açores, ligando o Arquipélago ao exterior e funcionado como veículo de promoção”. Nesse sentido, a parceria existente entre o CNH e o Turismo Açores” é muito importante para alcançar este desiderato”.
O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta destacou o patrocinador global da Atlantis Cup - Regata da Autonomia, que é a Liberty Seguros, enaltecendo a novidade desta edição, que foram os patrocinadores por etapa (BMW AutoAçoreana, Quinta dos Açores e NOS Açores) o que permitiu “melhorar o programa, tornando a prova mais atractiva para os velejadores em termos de objectivos e competição”.
O mais alto representante da Entidade Organizadora deste evento realçou o apoio do Clube Naval de Santa Maria (presente nesta festa), de Ponta Delgada e do Angra Iate Clube, bem como das Câmaras Municipais dos concelhos que receberam esta Regata.
A Revista da Atlantis Cup 2014 ladeada pelos Prémios
O trabalho de quem tornou possível a Revista deste ano da Atlantis Cup também foi evidenciado e agradecido. “Esta Revista associada à Atlantis Cup já tem história, tendo sempre como preocupação a qualidade. A publicação veio introduzir um elemento de conhecimento sobre os Açores”.
A Comissão Organizadora da Regata da Autonomia foi também elogiada pelo seu trabalho, a qual é composta por um grupo de sócios do CNH.
Apesar de todas estas peças indispensáveis à concretização da Atlantis Cup, a verdade é que “o essencial desta Regata são os velejadores, os barcos e a competição”.
José Decq Mota terminou afirmando que não tem dúvidas de que a Regata da Autonomia vai continuar.
Para José Leonardo Silva “é sempre bom ganhar, mas o fundamental é participar”
O Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva, agradeceu o convite para estar presente na Cerimónia, lembrando que a autarquia também apoia esta Regata, a qual funciona como “um complemento de valorização da Horta, Cidade-Mar”.
O edil congratulou-se com a presença de todos e fez votos para que as tripulações e famílias continuem a promover os Açores.
Saudando vencedores e vencidos, o autarca faialense disse que “é sempre bom ganhar, mas o fundamental é participar”. José Leonardo não tem dúvidas de que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) vai continuar a apoiar este evento, assim como a instituição a que preside. Por isso, despediu-se dizendo “até à próxima Semana do Mar”, já que o encerramento da Atlantis Cup acontece em pleno Festival Náutico da Semana do Mar.
Fausto Brito e Abreu: “Viver nestas 9 ilhas é maravilhoso, mas também implica algumas dificuldades”
Para o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Fausto Brito e Abreu, foi “um enorme prazer” poder estar presente e representar o Governo Regional, que tem “muito orgulho em apoiar a Atlantis Cup”.
“Viver nestas 9 ilhas é maravilhoso, mas também implica algumas dificuldades”, sustentou este governante, acrescentando que, “é por isso que o executivo há muito que investe na rede de infraestruturas, como portos e marinas”.
Fausto Brito e Abreu frisou a importância de fazer dos Açores” cada vez mais ponto de passagem de regatas nacionais” e felicitou o Clube Naval da Horta pela “magnífica organização”, além de velejadores e participantes, apelando a que se juntem a esta equipa em 2015.
Ana Luísa Luís, Presidente da ALRAA, manifestou o seu gosto pelo facto de a casa da autonomia se associar à Atlantis Cup, nas estradas do mar, desde 1988.
Desde 2003 que a ALRAA apoia este evento que, precisamente por isso, adoptou a designação de Regata da Autonomia, tornando-se “num símbolo da autonomia, da união e coesão do mar com as ilhas”.
Ana Luísa Luís garantiu que a Assembleia continuará a ser um alto patrocinador da Regata da Autonomia
“Vinte barcos traçaram com sucesso esta rota, que uniu quatro ilhas: Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial”, referiu a Presidente da ALRAA, que agradeceu ao CNH, aos skippers e aos muitos colaboradores anónimos que trabalham para o sucesso desta Regata, agora celebrado, lançando o repto para que haja uma nova festa no próximo ano.
O Director da Prova, Jorge Macedo, está de parabéns, assim como a sua equipa
Antes da Cerimónia de Entrega dos Prémios, o Director da Prova, Jorge Macedo, fez questão de agradecer o apoio do skipper do iate “Quero Quero”, da Madeira, do staff envolvido na Regata, o trabalho da equipa “Mar de Histórias (Fúlvia Almeida e Carlos Vaz), os conselhos e sugestões de Rodrigo Moreira Rato, dirigindo uma palavra de agradecimento à sócia do CNH, Alzira Luís, ausente por motivos de doença.
Classe ORC B:
1º “Celtic Dream” – João Reis
2º “Rift” – Carlos Moniz
3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes
A tripulação do “Celtic Dream”
A tripulação do “Rift”
A tripulação do “Mariazinha”
Classe ORC A:
1º “Marina de Cascais - Giullieta” – Alexandre Kossack
2º “Xcape” – Luís Quintino
3º “Altitudes 2” – Tiago Matos
A tripulação do “Marina de Cascais - Giullieta”
A tripulação do “Xcape”
A tripulação do “Altitudes 2” (a “menina” destes velejadores fez muito furor)
O vencedor da Classe ORC A, Alexandre Kossack, pediu uns breves minutos para referir que a Atlantis Cup - Regata da Autonomia foi “uma das mais bem organizadas” em que a sua equipa participou. Agradeceu o apoio da família, de Jorge Macedo, Alexandre Rainha, Vítor Mota, Rogério Feio e “o fairplay do Dr. Luís Quintino”, que cedeu cabos ao “Marina de Cascais - Giullieta” para que este pudesse prosseguir em prova.
A Atlantis Cup - Regata da Autonomia, contou com o alto patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Governo Regional dos Açores e Liberty Seguros.
Antes das muitas fotografias de grupo para a posteridade, foi exibido o filme da Regata.
O Director de Prova da Atlantis Cup - Regata da Autonomia (Vice-Presidente do CNH e Director da Secção de Vela de Cruzeiro), Jorge Macedo, fez um balanço a esta competição, que vai já na sua XXVI edição.
“O nível de organização da Atlantis Cup está acima da média nacional”
“Eu estou, à semelhança de outros anos, muito agradado com esta prova e digo isso por várias razões. Uma delas tem a ver com o nível de participação de equipas acentuadamente já com aquele espírito de regata a sério, de competição pura e dura. Em termos de meteorologia, foi muito bom. Poderá ter sido das Regatas Atlantis Cup mais rápidas que se fizeram até hoje, nestas 26 edições. As equipas estão extremamente agradadas, independentemente de serem as mais ou menos competitivas. Os da Classe Open também estão extremamente agradados com o nível de organização que nós implementámos. As coisas correram muito bem. As largadas foram dadas a tempo e horas, as selagens – que são sempre um sector importante e complicado – correram lindamente. Neste caso, trata-se de incentivar os participantes, nomeadamente os skippers, a estarem a tempo e horas nos sítios que indicamos para as selagens. Depois do motor estar selado, obrigada a ter o reboque.
A participação dos clubes co-organizadores (Clube Naval de Santa Maria, Clube Naval de Ponta Delgada e Angra Iate Clube) são elos fundamentais nesta cadeia. Eles disponibilizaram-nos os meios e ajudaram-nos e só assim conseguimos ter esta prova mais uma vez no ar e a acabar no dia de hoje, com um nível acima da média. A nível nacional, já li e conheço, e ainda agora o Rui Nunes da Costa do “Record” e do “Notícias do Mar” (onde têm sido publicadas notícias sobre a Atlantis Cup) e como jornalista da Selecção Portuguesa de Vela, referiu que este nível de organização de regata está acima da média nacional. Naturalmente que isso nos deixa muito satisfeitos.
O número de participantes deste ano foi menor do que em 2013, já sabíamos disso, mas assinalar 25 anos seja em que desporto for, constitui sempre um marco diferente. O número de velejadores da Região no ano passado foi grande. A Associação Nacional de Cruzeiro (ANC) apenas esteve com 6 elementos em 2013, o que foi pouco expressivo para o que estava previsto, mas este ano sendo uma regata normal, sem qualquer cariz de aniversário, apareceram 20 tripulações, o que foi muito importante. Vir uma tripulação de Hong kong, assim como o Campeão Nacional da volta a Portugal à Vela de 2013, mais o “Altitudes II”, o “Conquilha” além do “Maravilha” (directamente de New Bedford), virem todos de propósito aos Açores para participar nesta Regata, é claro que isso enche-nos de orgulho. Isto expressa bem que, de facto, a Atlantis Cup está cada vez mais consolidada.
Nitidamente, as tripulações preparam-se cada vez melhor. Basta ver o caso do “Marina de Cascais” que tem como skipper um olímpico dos 470, além de ter também outros elementos que fazem Vela a sério.
É importante a existência da Classe Open. Considero que temos de rever a questão dos prémios, pois entendo que também devemos atribuir um troféu àquela classe, que, parecendo que não, é muito importante para a Regata. É de realçar que dos 20 barcos em prova este ano, 8 pertenciam à Classe Open.
O Clube Naval da Horta tem de manter este nível competitivo e organizativo. O nível tem vindo a subir, mas tem pernas para subir ainda mais, mas sempre com cuidado, porque tem de ser auto-sustentável.
Lamento que não haja mais gente envolvida na Organização, porque quem está nisto há vários anos, também se cansa. A passagem do testemunho está cada vez mais difícil. Mas sem dúvida que há sócios do Clube Naval da Horta com essa capacidade e até mesmo outras pessoas na nossa sociedade. É só uma questão de serem convidadas e sei que aceitam. No que toca à internacionalização, esse aspecto vem já desde 1999, ou seja, do início. Na primeira edição houve um dinamarquês que residia na Horta e que foi um dos impulsionadores da Atlantis Cup e na segunda edição, em 1989, já fez parte da competição.
O alargamento da Regata a outras ilhas está dependente das condições de estacionamento dos barcos nas marinas. Temos a Marina das Velas que nos recebe muito bem, mas arrumar 20 embarcações lá, não vai ser fácil, porque os barcos são cada vez maiores. Sei que somos acolhidos lá com a maior boa vontade, o que aconteceu por altura da Regata Horta/Velas/Horta, em que o responsável daquela Marina é amigo dos skippers e um grande impulsionador de eventos, mas aquela infraestrutura não tem as condições necessárias, ao contrário de Santa Maria, que tem uma Marina magnífica. Acho que seria um risco muito grande para a Organização – seja ela qual for, porque não vou ser eterno – enveredar por um circuito destes, apesar da Presidente da ALRAA e nós também, termos a intenção de alargar a Regata a mais ilhas na questão da abrangência da Autonomia.
A continuidade do apoio da ALRRA é inquestionável, assim como do Governo, no dizer do Secretário do Mar, Ciência e Tecnologia.
Relativamente à novidade das parcerias em cada uma das pernas da Atlantis Cup, foi algo muito bem esgalhado. Os próprios parceiros ficaram muito satisfeitos e desde logo prometeram que no próximo ano a parceria poderá ser um pouco mais alargada.
Balanço do Presidente da Direcção, José Decq Mota:
A Atlantis Cup foi um sucesso, registando a participação de barcos dos Açores, da Madeira, dos EUA e do Oriente. Do ponto de vista náutico e de competição, foi boa, com um elevado grau de competição. O tempo também ajudou.
Do ponto de vista social, o programa não só estava bem elaborado como foi disfrutado pelos tripulantes. Do ponto da vista da troca de impressões e aproximações, esta Regata é importante e o convívio nela gerado foi um passo importante, por exemplo, para a assinatura de um Protocolo de Cooperação entre o CNH e o Clube Naval do Funchal, esta quarta-feira, dia 6.
Os objectivos principais foram atingidos. Haverá aspectos a afinar, mas temos razões para estar satisfeitos.
O alargamento da Regata é uma questão a ver, mas não é muito fácil, porque obriga ao prolongamento do tempo de competição, o que inviabiliza a participação de muita gente. Ter uma regata no mar mais de 8 dias, tendo barcos do Continente, que levam 6 dias a vir e 6 a ir, é muito tempo. Se aumentarmos a Regata para 15 dias mais o tempo das deslocações, pode implicar a disponibilização de uma tripulação durante um mês. Isso não é viável. Uma hipótese mais viável será a alternância entre várias ilhas.
Fotografias de: José Macedo
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