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Pelo 2º ano consecutivo: Turismar, de Mário Carlos, patrocina Troféu de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta

As duas primeiras provas deste Troféu realizam-se este domingo, dia 19, sendo o mesmo composto por 6. Prevê-se que a última prova seja realizada no dia 14 de Dezembro próximo. Mário Carlos explica, em entrevista, a sua participação nesta iniciativa, como começou a ser praticante de Mini-Veleiros e o gosto que tem pela natureza e pelo mar, consagrados no papel de guia da sua Empresa, a Turismar, a operar no mercado desde 2008.


Mário Carlos valoriza a amizade e o convívio que as provas de Mini-Veleiros proporcionam



Mais do que ganhar provas ou receber prémios, Mário Carlos valoriza a amizade e o convívio que as Regatas de Mini-Veleiros, organizadas pela respectiva Secção do Clube Naval da Horta (CNH), proporcionam. Por isso, depois de, em 2013, ter patrocinado o 1º Troféu Turismar de Mini-Veleiros do CNH, este empresário repete a iniciativa em 2014. Proprietário da Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas Turismar, Mário Carlos achou que esta seria, novamente, uma forma de se associar a esta modalidade, da qual também é praticante. No ano passado, os prémios foram compostos por t-shirt’s com o nome alusivo à Secção de Mini-Veleiros e com o logotipo da sua empresa. E a propósito, afirma: “Os prémios são simbólicos e uma forma de participar nesta actividade do Clube Naval. A ilha é pequena, todos nos conhecemos e somos amigos. Como tal, estes eventos constituem uma forma de convivência muito salutar”.


A Turismar surgiu em 2008 e a sua procura tem sido crescente ano após ano

E porque esta é a sua filosofia de vida, para ajudar à festa, no fim das provas ainda presenteia os colegas de prova com uns petiscos, no seu quiosque de actividade turística, situado perto do Clube Naval da Horta e da zona utilizada, habitualmente, como campo de regata.

Mário Carlos começou a ser praticante de Mini-Veleiros por causa de uma oferta. António Pereira, também residente na freguesia de Pedro Miguel e já praticante assíduo desta modalidade, sendo um participante habitual no pódio dos vencedores, ofereceu um protótipo em madeira ao amigo Mário Carlos. Perante esta “surpresa agradável”, o empresário teve de começar a praticar e confessa que gosta. “É uma modalidade fácil de praticar, dá para toda a família, incluindo os mais pequenos, e sem idade limite”.

Este praticante tem conhecimento de que há muitas mais pessoas na ilha do Faial com Mini-Veleiros do que as que habitualmente participam nas provas, que são cerca de dúzia e meia. A falta de tempo e outras prioridades na vida de cada um, são razões invocadas para a não participação registada. No entanto, “ultimamente têm aparecido novos entusiastas”, o que deixa antever pelo menos a manutenção do número de praticantes. Mário Carlos sustenta que “o tempo é feito de ciclos e que, de época para época, as coisas vão mudando, umas vezes com mais praticantes declarados, outras vezes com menos”. E remata: “Mas o que interessa é que haja sempre alguém a participar, pois considero que é muito mais difícil reerguer algo que está morto do que manter o que está no activo”.

Embora esta não seja uma actividade que implique o dispêndio de muito tempo, a verdade é que são necessários alguns cuidados após cada prova. “É preciso lavar a embarcação quando sai do mar, e como o nosso clima é bastante húmido, faz com que a lubrificação seja indispensável, caso contrário as peças podem ir avariando. A manutenção exige algum tempo e dinheiro, aspectos muito normais”.

Apesar de a amizade e a convivência serem as tónicas dominantes para Mário Carlos, admite que “sabe sempre bem ganhar, levando todos a competição a sério”. “É natural que quem se aperfeiçoou ao longo de anos e possui barcos mais competitivos e com melhores velas, se encontre nas posições cimeiras e se esforce por mantê-las, ao contrário de outros, como eu, que são praticantes mais recentes e participam mais pela camaradagem e convívio”, salienta.

A variabilidade atmosférica normalmente não é impeditivo para a realização de regatas. “Por vezes não contamos com as condições mais favoráveis, mas podemos sempre mudar o campo de regata ou adiar a prova”, explica. Trata-se de uma actividade praticada com regularidade ao longo de quase todo o ano. As lagoas artificiais da Câmara Municipal, a piscina natural na Feteira ou junto à Marina e Clube Naval da Horta, são os espaços escolhidos para a realização das provas, com predominância para os dois últimos que “permitem uma boa visibilidade para quem quer assistir, o que acontece com frequência”. “Quanto maior for o número de embarcações a participar mais interessante e competitivo se torna”, realça Mário Carlos.

As regras são para cumprir tal como acontece em qualquer outra modalidade, constituindo esta modalidade “uma boa iniciação para quem quer praticar Vela ou participar nas regatas de Botes Baleeiros”.

Um triângulo, um charuto ou uma banana são designações do percurso que adopta o campo de regata, consoante o espaço de mar ou as condições existentes.

“Acho bem a descida à Caldeira ter sido condicionada”
A Turismar é uma Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas que nasceu em 2008. Embora também comporte a vertente de mar (embarcação para passear ou pescar), está mais direccionada para a vertente terrestre, com a realização de passeios pedestres ou de carro.


“É gratificante sentirmo-nos úteis”

De ano para ano tem subido o número daqueles que procuram a Turismar que, por ser “uma empresa familiar não procura tanto os grandes grupos, mas os pequenos grupos ou pessoas individuais que apareçam sem ter nada planeado, manifestando vontade de realizar uma actividade”.

Relativamente a concorrência, Mário Carlos afirma que “na área dos passeios pedestres é menor”. “No entanto – explica – como a ilha é pequena, muitas vezes os turistas metem-se terra dentro a fazer sozinhos os trilhos. Um dos trilhos que faço regularmente é a descida à Caldeira, o qual já é condicionado, sendo obrigatório levar um guia. No caso da Caldeira, entendo que é muito positiva a implementação desta medida, porquanto se encontra lá 75% das espécies endémicas da ilha”.

No Verão este guia vê, diariamente, “muitas pessoas” a fazerem o perímetro da Caldeira. Contudo, Mário Carlos refere que “quem faz estes percursos sozinho não é o mesmo quando acompanhado por um guia”. E explica porquê: “Digo isto, porque muitas vezes os turistas chegam à Caldeira e não conseguem ver nada pelo facto de estar nublada. Mas os de cá conhecem melhor o tempo e sabem que de manhã pode estar tudo encoberto, mas à tarde vai estar bom tempo, e vice-versa. O que acontece é que muitas vezes essas pessoas estão cá apenas 2 ou 3 dias e não conseguem fazer ou ver aquilo que queriam porque não falaram com ninguém da ilha, fazendo o trajecto por sua conta e risco. É bom perguntar e ter ao menos uma indicação”.

A Turismar é uma realidade pelo facto de Mário Carlos ser um homem do campo que gosta da natureza e do mar, tendo sempre conciliado estas vertentes na sua vida.


“Além de fazer o que gosto, esta actividade também possibilita o contacto com gente de muitas nacionalidades”

“Prefiro um atendimento personalizado do que grandes grupos”
Como agricultor, sempre teve o gosto pelos passeios e pela natureza. Tendo já vivido a experiência de ser trabalhador por conta de outrém, decidiu arriscar e ser patrão de si próprio. Como tal, é o guia da sua empresa. O facto de também se dedicar a outras actividades, faz com que tenha decidido aceitar clientes à medida que vai sendo contactado, ao invés de fazer uma grande aposta em termos de divulgação e procura de novo mercado. Mário Carlos confessa que “actualmente estava a ser um pouco difícil” conseguir, sozinho, satisfazer todas as solicitações recebidas. Como tal, resolveu não alargar a divulgação, não tendo abertura nas agências de viagem nem na internet.

Perante este cenário, revela que vai estudar a situação durante este Inverno e perceber se vale a pena investir em colaboradores ou, se continua a comandar o negócio como até aqui. Contudo, possivelmente vai prevalecer a modalidade vigente, tendo em conta que prefere fazer um trabalho mais personalizado, tendo como alvo pequenos grupos ou pessoas individuais. De referir que em média, uma actividade demora 4 horas (meio-dia), como é o caso da descida à Caldeira.

Volvidos 6 anos, considera que “o balanço é positivo”, pois, além de fazer o que gosta tem ainda a oportunidade de contactar com pessoas de várias nacionalidades, resultando “num intercâmbio de ideias e a concretização de novas amizades, o que é sempre bom”.

O inglês é dominado por praticamente todos os turistas que, nalguns casos gostaram tanto da forma como foram tratados, da natureza, e da ilha que voltam uma segunda vez, procurando este guia e/ou amigo. “São curiosos e ficamos amigos, nascendo uma inter-ligação após a actividade realizada. E é disto que eu gosto, de um atendimento mais personalizado e familiar. É gratificante sentirmo-nos úteis”.

Quanto à sazonalidade, este empresário salienta que “quem procura os trilhos é gente que gosta de andar. Por isso, tanto de Verão como de Inverno é bom”. E conclui: “Embora o Faial seja abundante em chuva, especialmente de Inverno, se formos à Alemanha por exemplo, também chove e faz muito mais frio do que aqui. Para eles, o nosso Inverno é suave”.